Jovens da geração Z pensam rápido mas não desenvolvem o raciocínio crítico


Jovens da geração Z pensam rápido mas não desenvolvem o raciocínio crítico.

Especialistas atribuem ao uso excessivo de telas. 

Só no Brasil são 72 milhões de internautas acessando Facebook pelo menos uma vez por mês! Mais da metade dos usuários de redes sociais têm entre 18 e 24 anos e são esses mais jovens que passam pelo menos 3 horas por dia na frente de telas. Trata-se de uma geração que se sente muito confortável em estar hiperconectada à internet. 


A facilidade de acesso à informação através da internet está cada vez mais mudando o comportamento e habilidade das pessoas ao longo das gerações e já notamos nestes jovens da geração Z algumas características positivas, outras nem tantos. 


Se por um lado esses jovens conseguem informações rápidas, por outro a qualidade dessa informação nem sempre é confiável. Raciocínio ágil nem sempre vem acompanhado do raciocínio crítico.


Hoje o jovem aprende cedo que tem acesso imediato a inúmeras fontes de informações e as utiliza sem questionar a qualidade. Não adquirem o hábito de utilizar os métodos de pesquisa tradicionais e assim não desenvolvem a capacidade de raciocínio crítico, uma das funções do lobo frontal. 


Mais do que isso, especialistas estão atribuindo um comportamento cada mais impulsivo e automatismos observados nestes jovens da geração Z ao uso excessivo de telas, como celulares, tablets televisão, computadores e vídeo game. 


Como isso acontece?

1. Na frente da tela, o estímulo luminoso captado pela retina é transmitido pelo nervo óptico até as áreas visuais, localizadas na região posterior do cérebro. 


2. Cabe ao córtex motor executar o automatismo de digitar e as emoções daquilo que está sendo visto na telas. 


3. Telas, incluindo os games, estimulam a liberação de dopamina, neurotransmissor relacionado com o circuito de recompensa, popularmente conhecido como o “hormônio do prazer”. 


4. O córtex pré frontal é capaz de inibir as reações impulsivas e os automatismos, permitindo uma reflexão sobre nossas ações e atitudes antes de agirmos de fato. Isto, no entanto, exige aprendizado e treino. 


👉 J Grad Med Educ. 2018 Aug;10(4):378-381.

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